Muitos são os líderes que falam em esforço com as suas Equipas, que se sentem desacreditados em reunir ou que já disseram tantas vezes a mesma coisa que já não vislumbram que repetir uma vez mais vá surtir qualquer efeito…
Outros tantos estão determinados a revisitar os procedimentos e os protocolos, para ver onde a Farmácia está a falhar. Estão cansados da falta de responsabilização, uma vez que o que está definido devia ser cumprido, e não toleram conversa mole, visto que os tempos não o permitem…
Depois há os que entraram em modo chefe, para garantir que cada um cumpre com o que é esperado, pressionando nos prazos, controlando aqui e ali, para que nada falhe. O seu dia-a-dia virou um suplício, chegam angustiados à Farmácia, não entra nada de novo nas suas agendas e mantêm conversas infindáveis com Farmacêuticos e Técnicos, com o propósito de realinhar, gerir a indisciplina e as crises que vão surgindo.
É verdade que liderar em tempos de incerteza, por mais experiência que se tenha tido no passado, não é a mesma coisa…
Tempos diferentes exigem abordagens distintas, sabemos tudo isso!
Quem hoje está à frente de uma Farmácia, de um Grupo ou de qualquer negócio e é responsável por equipas, estará seguramente a deparar-se com três desafios de Liderança principais:
– Tornar-se no Líder que a sua Equipa precisa;
– Ter os melhores a bordo, envolvidos e comprometidos com os resultados;
– Fechar o ciclo, avaliar o desempenho e encetar caminhos de melhoria.
Chefe ou Líder
Gerir é assegurar que a estratégia e os objectivos da Farmácia são operacionalizados. Mas será só isso?
Todos nos lembramos do nosso primeiro chefe, às vezes mais autoritário, outras do tipo “ferve em pouca água”, ou então, mais facilitador.
No modelo de gestão que ainda encontramos em muitas empresas, o chefe dirige e manda executar, às vezes até parecendo tornar o trabalho difícil…
A liderança é uma arte que pode ser conquistada…Um líder faz-se! Faz-se de aprendizagens, de carisma, de muito investimento pessoal, da capacidade de influenciar positivamente os outros, de cooperar e de tornar o trabalho interessante.
Um líder projecta uma visão e motiva as pessoas a realizá-la, gerando sustentabilidade para todos!
Criar uma equipa de Alto Desempenho
Acredito que já se terá questionado se nalguma Farmácia existe uma Equipa Maravilha. Olhe que sim!
Por isso, preocupe-se em ter os melhores a bordo, em angariar sangue novo para gerar diversidade e, sempre que pensar em incorporar alguém, sempre que tiver dúvidas, a regra é não recrutar!
Às vezes até temos bons elementos na Equipa, mas poderão é não estar a trabalhar da melhor maneira e, para isso, o DT, Proprietário ou Gestor tem que ser como um farol, ao antecipar as situações mais críticas, ao comunicar o bom e o menos bom, e ao introduzir factores de diferenciação.
Há que estar determinado em potenciar as capacidades individuais e assumir riscos razoáveis. Os grandes líderes são excelentes professores e treinadores, por isso dê liberdade aos seus colaboradores para escolherem a forma como executam as tarefas e nunca bloqueie a oportunidade de alguém avançar!
E se há problemas na Equipa, estes são mesmo para resolver… é que não despedir pode sair muito caro.
Reconhecer ou Penalizar
Por último, há que fechar o ciclo, e isso implica avaliar, medir e comunicar resultados.
Há quanto tempo não verbaliza um “Parabéns!” ou elogia com um “Bom trabalho!”? E desde quando é que o correr mal ou não aparecer feito passou a ter consequência?
Creio que ninguém se proporá hoje a avaliar o desempenho para controlar mais, mas sim para garantir as melhorias necessárias para termos um futuro mais risonho.
Avaliar o desempenho implica medir e arranjar uma forma estruturada de dar feedback periódico a cada um. Para além de estabelecer padrões de desempenho que sejam percebidos e aceites pelo colaborador, cada um deve saber o que é esperado dele, para poder ganhar compromisso com os resultados esperados.
Sabemos que neste mercado alguns líderes têm um registo bastante emocional mas, na hora de avaliar, evite as comparações com a média, a proximidade com alguns elementos da equipa e os preconceitos com outros. Procure não dar ênfase aos comportamentos mais recentes, que é desses que se vai lembrar, arranje um caderninho e, entre avaliações, vá anotando as reacções e as respostas individuais que o surpreendam pela negativa e pela positiva.
Compare os resultados com as expectativas pré-determinadas, mas nada de subir a fasquia a meio do processo, que isso é “batota”. Sempre que der feedback, faça-o de forma construtiva, já que o feedback serve para ajudar a crescer, e não prescinda de traçar um plano de evolução conjunto.
Valorize e reconheça cada um, acarinhe os Farmacêuticos e Técnicos mais “talentosos” e penalize comportamentos desviantes para que não se repliquem na sua Farmácia. Mesmo que já não consiga premiar os que se destacam, faça por os mimar, para que permaneça entre vós uma cultura de sucesso, do “dá gozo superar-me e vale a pena”!
Não se foque em controlar, mude de perspectiva, e invista o suficiente para que eles se tornem melhores que você próprio…
Afinal de contas, pelo que é que quer que a sua liderança seja mais tarde recordada?!
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