Se calhar não era mal pensado… com um chá de tília, a melhor foto das férias e um cheirinho a mar!!
Eis que chegou o momento agridoce, os miúdos voltaram à escola, os mais crescidos à Universidade, as caras metade ao seu trabalho… e a Farmácia espera por nós.
Se por um lado estamos de coração cheio com tudo o que vivemos nas férias, por outro ousar falar de “baterias carregadas” é algo que exige coragem…
Sobretudo se nos sentimos a funcionar ao ralenti, ainda meio desfocados, ou se nos guardaram todos os berbicachos para resolver na primeira semana.
À vontade que nos invade de contar o que fizemos e de ver e rever as fotos e os vídeos que tirámos, junta-se a curiosidade de espreitar os posts nas redes sociais dos sortudos dos colegas e amigos que continuam de férias.
E o que fazer com a real necessidade de aterrar e realmente fazer acontecer?!
Voltar à Farmácia não tem que ser sinónimo de retomar a rotina de sempre.
A rentrée pode revelar-se uma excelente oportunidade para pensar a transformação que queremos ver, até mesmo na sua forma de trabalhar…
O que nos impede de iniciar um novo ciclo?
Delinear o Roadmap Operacional
Se quando viajamos precisamos de roteiros, encare esta nova etapa como o início de uma viagem para um novo patamar de resultados na Farmácia. Precisamos de pensar o percurso, para depois envolver a Equipa e conseguir implementar o que planearmos.
Construir um Roadmap Operacional é uma forma de sistematizar o caminho para a Direcção Técnica, mas, e sobretudo, de tornar o caminho claro para toda a Equipa.
Há que pensar o que queremos fazer e como, do Marketing aos Serviços, das Compras à Gestão de Stocks, do Atendimento ao seguimento de utentes. Mais do que fazer mais coisas, provavelmente será preciso fazer melhor, fruto do foco e de escolhas criteriosas. E importa, de uma vez por todas, ter a coragem de abandonar rotinas e largar hábitos que estamos fartos de reconhecer que só nos fazem perder tempo e não nos levam mais longe… Não podemos ter mais pena dos clientes do que nós próprios e há que alimentar a saúde e o bem-estar da Farmácia também…
Quanto mais participada for a construção do Roadmap, mais rico ele será, tanto pela geração e discussão das ideias, como pelo compromisso inicial que se cria.
Efectivamente, por mais que a Direcção Técnica goste de estar em controlo, é importante criar espaço na agenda para escutar os Adjuntos / Substitutos e outros elementos da equipa, e sermos confrontados com novas ideias.
O Roadmap visa contextualizar o trabalho diário da Equipa e traduzir a visão de futuro da Empresa (porque também eles já olham para a Farmácia como uma Empresa!).
Partilhar e Envolver Farmacêuticos e Técnicos
Independentemente do que decidirmos incluir no Roadmap, precisamos de contar com todos os elementos da Equipa para o operacionalizar…
Para que este processo tenha sucesso, cada colaborador tem que conhecer a estratégia a seguir e deve sentir-se um elemento indispensável na viagem.
É por isso que, para além de estruturar, importa partilhar com todos nas Reuniões de Equipa o que vamos fazer, e criar responsabilidade em torno do Plano de Acção.
Sem distribuir responsabilidades, não se conquista autonomia nem se promove crescimento. E os colaboradores de sucesso sentem-se bem em empresas a crescer e que lhes proporcionem desenvolvimento e vontade de superação.
Definido e criado o compromisso em torno do plano a seguir, fazer acontecer diferente é sempre o mais desafiante… Todos sabemos que, muitas vezes, é na execução que as coisas falham.
Para que tal não aconteça, o plano de trabalho tem que ser uma ferramenta viva e afixada no back-office, materializada no Plano de Marketing e num cronograma de iniciativas, entendidos como úteis por todos. E há que acompanhar a implementação do plano e reunir periodicamente com a equipa, explicando como estamos face aos objectivos, deixando de lado a convicção limitativa de que se está a perder tempo com mil e uma reuniões. Os colaboradores são os clientes internos e nunca menos importantes do que os clientes externos… há que comunicar adequadamente!
Sempre que as competências necessárias para o que nos propomos desenvolver não estejam lá, será necessário promover formação e coaching comercial… e encorajar sempre, para ultrapassar as ineficiências que surgirem.
Em termos de gestão da Equipa, importa encontrar um novo equilíbrio entre o desafiar, libertar e responsabilizar mais.
Se não mudarmos nada neste regresso de férias, não vamos ter resultados diferentes na Farmácia… Por isso, cabe a cada um de nós empreender a atitude e energia certas para pensar de forma disruptiva e fazer acontecer.
Vamos, que o “agora” é sempre a melhor altura para começar…
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