Não poderia haver melhor mês para falar deste tema, ou não estivéssemos nós em Outubro… É verdade que as vacinas estão na ordem do dia, mas não é exactamente da prevenção da gripe que pretendemos falar hoje…
Toda e qualquer prevenção é importante, mas há uma Farmácia para gerir e aportar resultados, por isso vamos falar de outras injecções!
Injecção @1: Motivação e Compromisso
“Eu motivo-ME!”
Enquanto cada um dos rostos aí na Farmácia não for um espelho desta afirmação, o compromisso não estará a 100%. Sabemos que não é fácil, sobretudo no contexto actual, mas é possível dar passos individuais e como Equipa nesse sentido.
Quando foi a última acção de Team Building em que a equipa participou? Quando foi a última reunião de Equipa que realizaram? Quando celebrou a última conquista de alguém do grupo de trabalho?
As gratificações ajudam, mas não são tudo…
E não há qualquer tipo de obrigatoriedade para que os prémios sejam iguais para todos, ou há?! É tal e qual como quando instituímos o 16º mês, o 15º mês passa a “favas contadas”, e por aí fora.
Na sua Farmácia todos contribuem por igual para os resultados? Então…
E quando não há condições para premiar, quando “não há dinheiro”… Porque é que nos confinamos a que o prémio tenha que ser monetário? Onde paira a nossa criatividade?
Desafiar é palavra de ordem. E trabalhar por objectivos também, para que haja um nível de compromisso adequado de cada um.
Se eu não souber o que é esperado de mim, não me sinto envolvido o suficiente para me motivar com o “como vou lá chegar” ou com “o que de bom isso vai impactar em mim”. E a motivação intrínseca começa aqui!
Injecção @2: Liderança e Coaching à Equipa
Agora, ninguém se motiva se não se sentir verdadeiramente inspirado com os exemplos que tem à volta…
Você contagia, com a sua garra, com a sua energia e determinação, com o seu exemplo? Já me têm dito: “bem, tem dias!”. E nos outros dias? Penduramo-nos todos e lamentamo-nos na copa (ou no laboratório) que isto está mau?!
Saia desse registo, não é que não seja até uma realidade, mas onde é que isso o leva? Ao invés, deixe-se levar pelo que o faz chegar mais longe.
Desenvolva as suas competências de gestão, supere-se e procure focar-se mais nos outros do que em si. Não há outra forma de a sua equipa crescer, não prescinda de fazer um bocadinho de coaching a cada um…
Uma vez atribuídas responsabilidades e estabelecidos determinados objectivos, há que ajudar a persegui-los, a torná-los possíveis.
Se fosse absolutamente fácil ou imediato, já pensou que a sua equipa não precisava de si?
A sua equipa não é pior do que a de ninguém. Pode “estar mais verde” em certos aspectos, mas tudo se trabalha quando temos as situações identificadas e existe no indivíduo a humildade de querer fazer diferente, de querer aprender a fazer melhor e de forma mais alinhada… E os problemas que existem são para serem resolvidos senão, todos sabemos, ficam maiores!
E mesmo quando anda tudo orquestrado e os processos estão optimizados, ainda assim, pode sempre correr melhor…
Afinal de contas, qual é a missão da sua Farmácia? Ainda que tenha uma missão interna definida (o que é um exercício bem giro de fazer), há que cumprir a missão que temos fora de portas, para os nossos utentes, para a Comunidade em que estamos inseridos.
E é aqui que falamos de vendas, da excelência do nosso atendimento…
Podemos ter a melhor orquestra, o melhor maestro, mas sem público o espectáculo não tem magia… nem retorno! E a afinação não nos vale de grande coisa…
Injecção @3: Vendas e Atendimento
Precisamos de cada atendimento como nunca… Na verdade, necessitamos que cada minuto com o nosso utente seja mágico.
Não imaginam como fico incomodada quando percebo a indiferença de alguns colegas a encaminharem-se para o gabinete de utente para fazer uma determinação bioquímica… Quantos minutos, em média, necessita para fazer uma DPB? Cinco, sete, dez minutos?
Uau, que tempo precioso para nos diferenciarmos!
Agora temos que saber investir nesses minutos, para que não sejam a mais pura perda de tempo… Quando vendemos sorrisos, confiança, aconselhamento, mesmo que a venda não caia no imediato, esse tempo tem um impacto imprescindível.
E claro que “estar a atender” é vender! Vender com um sentido de missão, com a consciência plena do rigor e ética profissionais que a actividade em que estamos exige, mas vender aquilo que precisamos de vender… E no “merge” das necessidades do utente com as nossas prioridades é que está o ponto de equilíbrio que todos procuramos. Há sempre uma necessidade que se alarga, outra que se cria, basta escutar activamente e fazer algumas boas perguntas…
O que é uma boa venda? Ainda anda a impingir? Ainda pensa se o produto é bom ou se o teste é fiável no momento do atendimento? E com a sua equipa, é diferente? Se houvesse uma injecção para alinhar o discurso na venda, para ajudar a criar empatia de forma acelerada, para ajudar a “abrir o cérebro” das nossas equipas para as orientações que precisamos impreterivelmente de seguir, administrava-a?
Porque é que eles bloqueiam a cada objecção do utente? Porque é que ainda sugerem que o utente vá à farmácia da frente? Porque é que às vezes parece que vestem mais a camisola dos clientes do que a da Farmácia?
Vamos, previna-se…
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