Pois, sabemos que as coisas não estão bem e achamos que quando alguém tem sucesso é porque teve uma enorme sorte!
Desde há muito tempo que sentimos que o “humor” das equipas de farmácia anda completamente em baixo. E não é só neste tipo de empresas, é generalizado. Olhamos em redor e o que vemos são pessoas tristes, zangadas, desmotivadas, desiludidas e ansiosas com o futuro. Se temos razão para nos preocuparmos, temos também de fazer o que melhor sabemos.
O que me custa mais é de facto outra coisa, ainda mais grave que as mencionadas antes, que é o sentimento do “baixar os braços”.
O desalento toca o desespero e faz-me pensar sobre a nossa postura perante os problemas. É óbvio que nos últimos tempos as farmácias têm sofrido profundas alterações e de forma muito rápida, sem ter tempo suficiente para adaptar pessoas e ferramentas às novas alterações.
Da nossa experiência neste tipo de empresas, está na altura de não baixar os braços e não andar desalentado, de com calma pôr em marcha muito do que se queria ter feito e ainda não se fez.
Se fizer uma breve análise SWOT, as forças, fraquezas, oportunidades e ameaças ao mercado de farmácia, penso que se podem tirar conclusões muito interessantes. Como cada farmácia é diferente da outra, queria concentrar-me em algo que nos esforçamos muito por trabalhar: as OPORTUNIDADES.
Margens Regressivas
Sim, pode ser uma excelente oportunidade para perceber bem as margens que tem na farmácia e trabalhar melhor os produtos que vende.
Temos trabalhado com alguns clientes nossos o impacto que estas novas margens terão na facturação, mas, acima de tudo, passamos a ter uma noção mais concreta e a envolver a equipa neste processo.
Diferenciar pelos serviços
Se as farmácias ainda são especiais, podemos torná-las um pólo de saúde e não apenas de doença. Há todo um conjunto de serviços às populações, diferente para cada realidade, que tem de ser explorado.
Estes podem passar por desde ter consultas de pé diabético, a fisioterapia, a massagem terapêutica, a outras determinações bioquímicas, entre outros.
Vamos ter de ir procurar novos clientes, como se a porta da farmácia aumentasse 3 vezes mais.
Melhores compras
A diminuição da facturação, tendo em conta o abaixamento dos preços, é quase impossível de evitar, mas podemos aumentar a rentabilidade com melhores compras. Algumas farmácias estão a descer muito menos que a média nacional, e outras estão inclusivamente a subir, mas onde estão todas a apostar é na melhoria da margem bruta.
Organização interna
Tempos difíceis obrigam a medidas diferentes! Muitas farmácias, perante estes novos tempos, vêem-se na obrigação de reorganizar a equipa. Não há melhor altura senão esta. Temos de fazer mais com o mesmo e ter as pessoas certas nos lugares certos pode fazer toda a diferença.
Comunicação
Não tenha medo de desabafar com a sua equipa. Claro que todos temos os nossos momentos. Nas empresas temos de criar uma comunicação aberta para que, quando nos apetecer estar de mau humor, ninguém fique aborrecido ou melindrado. Somos humanos e latinos, as crises de mau humor ou de desabafo são normais, mas não podemos ficar sempre com esse estado de espírito.
Muitos de vocês passam mais tempo na farmácia que em casa, por isso é imperativo que o ambiente seja de equipa. Por vezes pequenas reuniões de equipa com uma abordagem mais lúdica e recreativa operam milagres na motivação.
As nossas equipas são a nossa imagem no espelho e tanto se contagia o bom como o mau humor.
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