Claro que sim!
Os últimos tempos têm posto as Farmácias à prova como nunca, e fevereiro e março não serão diferentes…
Com o aumento do número de casos e da taxa de transmissão, longe vai o tempo em que não tínhamos alguém conhecido, na família ou no grupo de amigos, que tivesse testado positivo para a COVID-19. E esta vai sendo uma realidade que se alargou também à Farmácia, às famílias dos colaboradores ou até a elementos da Equipa.
Os tempos são, por isso, da maior resiliência. Algumas Farmácias já se viram obrigadas a fechar, outras conseguiram quebrar a cadeia de contágio e mantêm as portas abertas com restrição de colaboradores.
Mas é uma realidade com que temos de contar, que temos de saber aceitar e que implica estarmos preparados para atuarmos o mais eficazmente possível.
Responde melhor quem mais se prepara
Sabemos que esta é uma realidade indiscutível…
Ainda que não possamos prever todos os cenários, ter um Plano de Contingência ajustado para esta fase da Pandemia, com horários de contingência, é importante para que não sejamos surpreendidos perante possíveis casos de contágio da Equipa. E por mais que esse plano possa ter de ser ajustado numa situação real, é sempre menos angustiante do que ter de improvisar à última da hora.
Estamos cientes de que o desafio de colocar as equipas a funcionar em espelho se complica com as medidas de apoio à família previstas neste Estado de Emergência, que fazem com que não possamos contar com alguns dos elementos da Equipa que têm filhos pequenos.
Mas, até aqui, podemos ser criativos e tentar envolver esses recursos remotamente noutro tipo de tarefas, de que o marketing e a dinamização do digital são exemplos, o que alivia quem está presente, que ficou a conseguir responder maioritariamente pelas tarefas de balcão.
Estar preparado é também saber prevenir-se…
É importante estabelecer um diálogo franco com cada elemento da Equipa sobre os comportamentos fora e dentro da Farmácia, para nos protegermos a todos.
Temos um elemento positivo, e agora?
Quando alguém tem sintomas não deverá deslocar-se à Farmácia, mas sim ligar e falar sobre isso. Parece óbvio, todos sabemos que estar infetado não é uma gripe, mas nem sempre acontece…
Quando o receio de não cumprir e estar em falta é maior, o colaborador desloca-se à Farmácia e incrementa o risco de contágio… Não terá de ser assim, se previamente tivermos conversado sobre isso e partilhado com a Equipa o que esperamos de cada um na situação. O que é óbvio para uns não é para outros e é sempre melhor falar abertamente para garantir que todos estão esclarecidos.
Perante casos positivos temos naturalmente de ativar o Plano de Contingência e deixar-nos orientar pelo Delegado de Saúde. Atuar rápido pode fazer toda a diferença, para evitar mais contágios em efeito dominó…
Pode constituir uma opção testar a Equipa periodicamente ou fazer testes rápidos sempre que alguém apresenta sintomas. O Colaborador não tem que se sentir “invadido”… a segurança de todos faz-se da segurança de cada um.
No plano do negócio em si, importa necessariamente pensar outras alternativas para podermos vender sem que os clientes se desloquem fisicamente à Farmácia, o que alivia muito a pressão do balcão.
Com a população em confinamento são em menor número as pessoas que vêm à Farmácia, mas, curiosamente, talvez estivéssemos à espera de menos visitação ainda…
As vendas online ou através de formulário, se a Farmácia tiver website, ou a aceitação de encomendas por email, WhatsApp e telefone são caminhos que podemos agilizar para, nesta fase, criar outras experiências de compra, para além da física, incitando os Clientes a manterem-se seguros em casa.
Voltar à normalidade depois de fechar portas
É complicado encararmos a necessidade de desdobrar equipas, pelo receio de estas não darem conta do recado com tudo o que têm para fazer, já que cada um trabalha menos horas.
Mas é profundamente angustiante a tomada de decisão de fechar portas, porque o vírus tomou conta de nós e de todo o recado de que tínhamos de dar conta…
Mais a frio, sabemos que a Saúde dos nossos é tudo e que fechar não é o fim, são duas ou três semanas da vida da Farmácia, com o que isso implica, mas estaremos de volta.
E pensar o regresso à nova normalidade é importante!
Temos de estar preparados para iniciar com um horário menos extenso e contar com a possibilidade de um menor rendimento individual. Mesmo depois de um teste negativo ou da alta médica, o cansaço continua a ser comum e o regresso ao trabalho pode apresentar sobressaltos. Talvez seja importante ter mais elementos aptos a voltar do que os que considera serem o limite mínimo para reabrir portas…
Voltar ao novo normal da Farmácia pode ser duro, mas vamos ser positivos e colocar a Saúde à frente de tudo! Bem vistas as coisas, tratar da Saúde e do bem-estar dos nossos Clientes é tudo o que sabemos fazer, por isso muita prioridade agora no Cliente interno – a nossa Equipa.
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