Costumamos dizer que no outono temos a queda da folha, mas e será que temos também queda de vendas e de resultados na farmácia?
Setembro é um mês desafiante, com o regresso de muitos ao trabalho, despesas extra com livros e escolas e por isso, as vendas em muitos locais ressentem-se. Na farmácia também observamos o mesmo. E outubro avizinha-se, com a vacinação da gripe e, este ano, do Covid, e tantos outros desafios que por vezes os resultados caem.
E depois vem o inverno e com o frio, embora aumentem as patologias de gripe e afins, é normal que tudo esteja um pouco congelado, desde os clientes às equipas. Nos dias que estamos a trabalhar com as equipas de farmácia e por acaso chove ou faz frio, já sabemos que o dia vai ser fraco…
O frio e a chuva afastam muitas vezes os clientes da farmácia, e a promessa de um tempo melhor acaba por retê-los em casa.
E as vendas nesses dias congelam um pouco…e a disposição da equipa fica um pouco como a meteorologia, um pouco mais desanimada.
Um dos desafios das farmácias é exatamente esse, como manter a motivação da equipa quando o fluxo de clientes não é o do costume. Outro é a potenciação das vendas quando os dias estão mais calmos.
Como somos positivos por natureza, penso que existem sempre coisas a aprender e a aproveitar dos dias menos movimentados, e essas aprendizagens podem ser depois aproveitadas nos dias em que o movimento já nos anima mais.
Evitar a “queda da folha”
Ou a queda de vendas…se por um lado esta altura está complicada em termos de vendas pela diminuição de poder de compra, podemos trabalhar em equipa e construir guiões para fomentar o atendimento sazonal.
Estamos a falar de algo mais complexo do que construir o logaritmo de atendimento da gripe. É fundamental incluir outros tipos de atendimentos e de sugestões e trabalhar as mesmas com as equipas.
Como preparar as vacinas da gripe e do covid, garantindo que alertamos os clientes para a necessidade de reforçar o sistema imunitário? E proteger os jovens durante o período escolar?
Assim como a questão da queda de cabelo, que efetivamente é uma situação característica desta altura do ano.
A definição de objetivos de vendas por gamas de produtos poderá ajudar a manter a dinâmica das vendas e os lineares e a exposição dos produtos na farmácia terá de ser ainda mais cirúrgica.
Aprender com os atendimentos
Quando sentimos menos atendimentos na farmácia, ou se por acaso temos alturas na farmácia em que os atendimentos são um pouco mais espaçados, devemos aproveitar esta disponibilidade para realizar outras abordagens, promover mais vendas cruzadas ou experimentar a adesão a uma nova sugestão.
Cada atendimento torna-se uma oportunidade de aprendemos mais, pois com menos pessoas na farmácia, estamos mais focados e atentos aos detalhes, que quando temos muitos clientes não conseguimos.
Os próprios clientes estão mais disponíveis e com mais calma em espera.
E há sempre mais uma pergunta que pode ser feita e poder discutir com os colegas os bons atendimentos e onde podemos melhorar é um treino on the job muito importante.
Planeamento e medição
Se queremos resultados de forma consistente, com ou sem temperatura baixa, temos de o preparar e planear com antecedência. Planear serve para preparar a estratégia e operacionalizar a mesma, garantindo que todos sabem o que fazer e como.
Quais as campanhas que iremos apresentar aos clientes, que ações promocionais teremos, que intervenientes ou parceiros serão envolvidos e dessa forma garantimos que teremos momentos diferenciadores independentemente das condições atmosféricas.
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