Sabe medir o compromisso da sua Equipa? Ora aí está um valor que ou está lá ou não está, não dá para ter por metade!
Todos sabemos que Compromisso é ter paixão pelo que se faz e buscar a excelência na forma de pensar e agir, é fazer o que for preciso para que os resultados cheguem, é servir o utente, independentemente do nível de conforto, da dificuldade ou da sorte…
Para garantir este compromisso incondicional de que falamos, é preciso ter uma liderança que desafie e ajude a focar nos objetivos, que invista na medição e no feedback e que esteja disposta a premiar, também como forma de reter os melhores colaboradores.
Desafiar
Enquanto Diretores Técnicos ou Gestores, desafiar é materializar o caminho em objetivos específicos, na certeza de que é determinante estar lá para a Equipa e ajudar a superar os obstáculos diários.
As lacunas e ineficiências da Equipa resultam, se virmos bem, das áreas de melhoria individuais.
Uns terão mais dificuldade na organização, outros falham na identificação e exploração das necessidades do cliente, outros receiam promover a solução completa e alguns necessitam ainda de melhorar a estrutura do atendimento ou mesmo as técnicas de venda. Cabe ao líder da Equipa ajudar a trabalhar este potencial de desenvolvimento.
Muitas vezes falha a resiliência perante o NÃO. Mas são os Nãos na venda que nos ajudam a corrigir os erros, a tentar outras abordagens e a melhorar. Precisamos deles para crescer e nos desacomodarmos…
E não há desafio sem objetivos. É importante que sejam definidos para o ano e, mensalmente, em torno dos produtos de venda livre a trabalhar, das ações e serviços a dinamizar, das campanhas a privilegiar, entre outros. E como precisamos de objetivos para garantir o alinhamento e manter o foco!
Medir e Avaliar
Medir é saber como está a correr e o que tem que ser melhorado para que os resultados apareçam conforme esperado. Às vezes não vamos mais longe porque não sabemos concretamente onde estamos ou o que falta para lá chegar…
Medir implica investir tempo e recursos, implica ter as ferramentas certas e estabelecer os indicadores relevantes. A chave para um maior sucesso no desempenho da equipa reside muito na escolha dos KPI’s (indicadores chave de performance).
Recomendamos sempre o estabelecimento de métricas a 3 níveis:
– Competências Pessoais, em termos do comportamento e da atitude, da flexibilidade e disponibilidade, do espírito de equipa, do alinhamento com o líder, da visão de negócio e do contributo com sugestões e ideias;
– Competências Técnicas, para aferir como está a correr o cumprimento da definição de funções, a operacionalização das aprendizagens da formação e a evolução profissional;
– Competências Comerciais, como sejam a venda média, a margem média do atendimento, a angariação de clientes para os serviços e rastreios, a dinamização do cartão de fidelidade da Farmácia (Saúda ou Próprio), a estrutura de venda, entre outros.
Ao consolidarmos esta diversidade de KPIs num modelo que nos permita Avaliar o Desempenho conseguimos ter ao longo do tempo uma visão de conjunto, obviando o risco de nos concentrarmos demasiadamente na vertente operacional e na correria do dia a dia.
Com a informação estruturada adequadamente no modelo de avaliação de desempenho, torna-se simples avaliar individualmente e comunicar resultados, identificando o caminho de melhoria e crescimento que cada elemento da equipa deve percorrer, nestas 3 dimensões de avaliação: competências comportamentais, técnicas e comerciais.
A Avaliação de Desempenho será tanto mais eficaz se trouxer benefícios para cada Farmacêutico ou Técnico, ajudando-o a crescer e a desenvolver o seu talento.
Dar feedback
Na maior parte das vezes, o processo de Avaliação de Desempenho não falha na definição do modelo, mas sim na falta de disciplina para fechar os ciclos e dar feedback a cada termo do período de avaliação.
Em muitas Equipas, o dia da Reunião de Avaliação é sinónimo de angústia pela âncora instalada do “levar na cabeça”… Fará sentido termos os elementos da Equipa receosos por irem receber feedback?
Se existirem situações a não repetir ou que não trouxeram bons resultados, claro que temos que falar delas, mas sem dramas, apenas para deixar a necessidade de desviar desses comportamentos negativos…
Desafiamos-vos a verem este momento como um marco de crescimento para o Colaborador, em que é importante deixar uma mensagem positiva, resumindo os pontos fortes e o que se atingiu com exemplos específicos.
E, no final da reunião de avaliação, importa delinear o Plano de Desenvolvimento Individual, para gerar compromisso conjunto em torno das áreas a desenvolver, seja pela via da Formação, do Coaching, ou outras.
Por último, há que associar ao reconhecer, o dar de volta… a Compensação é fundamental na motivação da Equipa!
Nem sempre é interessante fazer crescer os Custos com Pessoal, pelo que os Prémios não têm que ser necessariamente só monetários. Se encorajamos as equipas a serem criativas, as táticas de remuneração criativa revelam-se fundamentais na hora de premiar cada elemento do grupo de trabalho.
O valor do prémio não tem que ser grande, temos é que tornar o prémio valioso para quem o recebe!
Há, por isso, que enriquecer o modelo de compensação com as vertentes aspiracional e motivacional, para proporcionar crescimento e novas aprendizagens e “encher o copo” de quem se entrega diariamente a ter mais sucesso.
É que não há sucesso na Farmácia sem o compromisso (por inteiro) de toda a Equipa!
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