Se é simples? Claro que não… Se é absolutamente necessário, para fazer crescer a Equipa e irmos mais longe? Definitivamente, sim!
O que importa é fazer chegar a Equipa a um patamar em que possamos fazer o shift da micro gestão e do controlo, para o assumir de novas responsabilidades, garantindo o coaching para o desenvolvimento.
As Equipas crescem na medida dos desafios que lhes são lançados, pelo que precisamos de desafiar mais, de aferir os resultados sistematicamente e de dar feedback positivo e construtivo. Colocar o feedback à Equipa em stand-by (que é o mesmo que dizer… para quando houver tempo) é arriscar a que a motivação intrínseca dos colaboradores fique igualmente em stand-by…
Todos sabemos que Compromisso é ter paixão pelo que se faz e buscar a excelência na forma de pensar, colaborar e agir. Tal resulta em fazer o que for preciso para que os resultados cheguem e em servir o cliente, independentemente do nível de conforto, da dificuldade ou da sorte.
Para garantir este compromisso incondicional, a Equipa precisa de uma liderança que a desafie e ajude a focar nos objetivos. Talvez por isso gostemos mais de falar em Coaching e Desenvolvimento individual, do que em Avaliação de Desempenho, já que o objetivo é olhar 20% para trás e 80% para o caminho de melhoria que se pode percorrer.
Cabe ao DT ou ao Gestor estar disposto a premiar quem se supera, também como forma de reter os melhores colaboradores.
Desafiar
Enquanto Diretores Técnicos ou Gestores, desafiar é materializar o caminho em objetivos específicos, na certeza de que é determinante estar lá para a Equipa e ajudar a superar os obstáculos diários.
As lacunas e ineficiências da Equipa resultam em muito das necessidades de desenvolvimento de cada um. Cabe ao líder da Equipa ajudar a trabalhar este potencial de crescimento.
Muitas vezes falha a resiliência perante o NÃO. Mas são os Nãos na venda que nos ajudam a corrigir os erros, que nos levam a tentar outras abordagens e a melhorar. Precisamos deles para evoluir e nos desacomodarmos…
E não há desafio sem objetivos! É importante que sejam definidos para o ano, mas também que a cada mês exista uma tabela de foco que integre por categoria / situação de aconselhamento os produtos de aposta de PSBE e MNSRM a dinamizar pela equipa, como forma de assegurar o alinhamento de todos.
Medir
Avaliar é saber como está a correr e o que tem que ser melhorado para que os resultados apareçam conforme esperado. Às vezes não vamos mais longe porque não sabemos concretamente onde estamos ou o que falta para lá chegar…
Medir implica investir tempo, implica ter as ferramentas certas e estabelecer os indicadores relevantes para um maior sucesso no desempenho da equipa.
Recomendamos sempre o estabelecimento de métricas a três níveis de competências:
– Comportamentais: em torno do saber ser e do saber estar, como sejam a comunicação, o espírito de equipa, a resolução de conflitos, o alinhamento com o líder, a visão de negócio e o contributo com sugestões e ideias;
– Técnicas: sinónimo do Saber Fazer, para aferir como está a correr o cumprimento das funções por que cada um é responsável, a operacionalização da formação efetuada e a evolução profissional;
– Comerciais: em torno de parâmetros de balcão como a venda média, a margem bruta, o peso dos produtos de venda livre na estrutura da venda, o peso dos genéricos em GH, a angariação de clientes para as ações e a dinamização do cartão de fidelidade da Farmácia.
Ao elencarmos estes indicadores num modelo estruturado, conseguimos ter ao longo do tempo uma visão de conjunto e uma estrutura preciosa para conduzir a reunião de feedback com cada colaborador, sem que nada seja deixado ao acaso…
Dar feedback
Na maior parte das vezes, o processo não falha na criação do modelo, mas sim na falta de disciplina para consolidar os resultados sistematicamente e dar feedback.
Se existirem situações a não repetir ou que não trouxeram bons resultados, claro que temos de falar delas, mas com o intuito de tornar clara a necessidade de desviar desses comportamentos negativos…
O feedback será tanto mais eficaz se, perante os resultados obtidos, soubermos reconhecer o que está a correr bem e identificarmos em conjunto estratégias ou ações pragmáticas que permitam efetivamente potenciar e desenvolver o talento de cada Colaborador.
Por último, delinear um modelo de Compensação para quem se supera e aporta resultados diferenciadores para a Farmácia é fundamental na motivação da Equipa!
Os Prémios não têm de ser necessariamente só monetários nem elevados, têm é que ter valor para quem os recebe. Se encorajamos as equipas a pensar fora da caixa, as técnicas de remuneração criativa revelam-se fundamentais na hora de premiar cada elemento do grupo de trabalho…
Vamos desafiar para crescer?
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