“No caminho da excelência…” – talvez este possa ser um teaser com que todas as Farmácias se identificam… O que no impede de o tornar um propósito este ano?
Mas, afinal, como definimos excelência? Como envolvemos a Equipa a ponto de tornar o percurso especial para cada colaborador?
Bem vistas as coisas, precisamos de fazer acontecer mais e melhor, de procurar o significado certo para aquilo que realizamos e para o quanto nos damos aos outros.
Será que traçamos efetivamente o tal caminho chamado Excelência e que estamos dispostos a percorrê-lo diariamente?
Hoje vamos falar de Alto Desempenho na Farmácia, partilhando algumas das reflexões de Zig Ziglair.
O que nos faz correr?
Quem tem um alto desempenho nunca se esquece da razão pela qual sai todos os dias de manhã para ir trabalhar, acredita e é combativo, não se refugia nas desculpas do que corre menos bem nem se agarra à média para a puxar para baixo…
As pessoas de elevada produtividade têm as metas bem definidas, sabem se a sua energia vem do trabalho, por via da realização, ou se vem do que podem proporcionar aos que as rodeiam, fruto do trabalho que entregam consistentemente.
Quem tem um alto desempenho percebe que as pessoas acatam as mudanças de maneiras diferentes e, em termos individuais, “desconforma-se” e faz da mudança um virar de página, uma oportunidade.
Já para desempenhos menos entusiastas a mudança é uma ameaça, é vista como uma afronta, porque vai implicar outras respostas e sair da zona de conforto. O primeiro escape é lamuriar-se com os colegas que reagem de forma similar, como se a mudança se fosse embora ou se tornasse desnecessária por causa disso…
Num desempenho de excelência não têm lugar as culpas e as desculpas, este faz-se de adaptação e progresso, de bater com a cabeça e prosseguir, do atingir de metas que se renovam periodicamente, já que o que compõe a excelência que cada um procura também evolui com o tempo.
Viver os Valores
Para além das escolhas de quem quer SER e do que quer FAZER, elevados desempenhos resultam da vivência carismática de determinados valores, nomeadamente a humildade e a lealdade.
Para quem se põe em bicos de pés… o mais certo é perder o equilíbrio! E muitas vezes, quem o faz, é quem tem menos razões para o fazer.
Pensemos nos verdadeiros líderes, e não é que bate certo?!
Em situações pontuais poderá ser desafiante manter a lealdade, mas se este for um dos seus valores pessoais, na Farmácia sei que fará de tudo para engolir o sapo e que o último prejudicado será o cliente!
Seja leal, mesmo que o cliente, um colega ou o seu próprio líder, em uma ou outra circunstância, o deixem numa situação crítica, com que não consiga concordar. Nada justifica dizer mal da organização, dos pares, do superior hierárquico ou de quem é a razão da nossa existência…
E seja humilde. Se errar reconheça, porque ninguém nasce ensinado nem ninguém evolui sem errar umas quantas vezes. Se brilhar, agradeça qualquer forma de reconhecimento de coração, e aprecie o que de bom a sua forma de atuação impactou nos outros. Depois marque o momento para si, como uma âncora de sucesso, definitivamente a replicar.
Fazer mais do que lhe pedem
É curioso que quando diagnosticamos as realidades das Farmácias, e apesar dos tempos serem de elevada incerteza e exigência, tipicamente quem faz mais do que se lhe pede dá nas vistas, é incómodo e é alvo de conversa no back-office…
Se a Farmácia precisa de melhores resultados, se o contexto é complexo, como é que os podemos aportar sem dar mais de nós. A ação que empreendemos no passado, por si só, não nos permite já colher os mesmos frutos.
Já se deu conta de que quem trabalha sem recompensa é quem acaba primeiro? Acima de tudo faça mais… por si, e não pelo que os outros estão a ver ou querem ver.
Semear para poder colher continua a ser um ensinamento precioso.
Todos sabemos que até as pequenas vitórias levam tempo a alcançar. E aqui a resiliência é a rainha das virtudes!
Merecer cada recompensa…
Quem busca a excelência percebe que para trabalhar bem já tem a sua remuneração. Nos dias de hoje, não é mais possível estar à espera que nos paguem mais para nos superarmos; se fizemos melhor, se excedermos expectativas, seguramente soubemos agarrar a oportunidade… há que acreditar que outras virão por acréscimo!
É verdade que a sociedade se tornou mais competitiva, mas creio que já nos apercebemos de que estarmos centrados no nosso umbigo nas Equipas não nos leva muito longe por muito tempo…
Ninguém se torna melhor sem ser mais abundante nos gestos, na partilha. Tome a decisão de liderar pelo exemplo, de se juntar à Equipa, de ajudar o outro a superar e a vencer e surpreenda-se com o que vai receber de volta…
Se pensarmos bem, SER x FAZER = TER. Para termos mais, há que investir muito em saber SER e querer FAZER!
Vamos a isso?!
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