A liderança de equipas é sem dúvida um cargo desafiante. E a cada ano que passa, mais se torna difícil motivar, envolver e dinamizar as equipas. Os últimos anos então tem sido uma verdadeira montanha-russa emocional, quer recrutar quer manter os talentos nas equipas.
E tempos desafiantes requerem líderes envolvidos, atentos e que estejam dispostos a fazer coisas diferentes, dinamizar as equipas, escutar e orientar procurando ir ao encontro de cada um dos colaboradores.
Quantas vezes notamos equipas onde impera a inércia. Querem muito ter mais dinâmicas, clientes, ações e uma comunicação mais envolvente com os clientes, mas depois ficam à espera de que isso aconteça, que alguém com mais ideias ou “jeito” tome a iniciativa, que outros deem início aos trabalhos para depois ajudar. E ajudam! São incansáveis a operacionalizar as coisas, e fazer acontecer, mas o pontapé de saída é tão difícil de dar.
Obviamente, quanto mais envolvidos estiverem todos os elementos de uma equipa, mais proativa será essa mesma equipa. Mas este envolvimento tem de ser conquistado e fomentado dia a dia.
Dizer
Há questões, ideias e outras informações que têm de ser ditas, aqui não temos outra opção.
Mas mesmo assim, a forma de dizer pode ser diferente e com essa diferença causar maior ou menos impacto. Se for dito como uma ordem terá uma conotação mais negativa e por sistemas as equipas cumprem mas sempre com o sentimento de terem sido obrigadas.
Mais importante do que se diz é a forma como se diz! A entoação e emoção que colocamos pode ser decisiva na forma de cumprir determinadas coisas que se pretende que aconteçam.
O reforço positivo terá de ser sempre feito e só então trabalhar nos pontos menos positivos ou a melhorar. Comportamentos reforçados positivamente são repetidos, por isso, a forma como diz é fundamental se quer pessoas motivadas na equipa. Mesmo que tenha de morder a língua de vez em quando.
Ensinar
Sabemos que muitas vezes ensinar demora mais que fazer. O resultado da dificuldade de delegação é que vemos muitos elementos sobrecarregados de tarefas sem necessidade. Sabemos que há sempre certos colaboradores com mais apetência para certas funções que outros, mas não podemos deixar de fazer crescer e puxar pela equipa.
Por vezes ter clones seria o ideal, mas não podemos ainda fazê-lo. Por isso, ensinar passa a ser uma excelente tarefa. É assim que as pessoas crescem e assumem outros comportamentos e tarefas.
Permite ainda ter backups para grande parte das tarefas que tem na sua farmácia. Todos devem saber fazer tudo, embora nem todos tenham de fazer tudo. Construir uma listagem de backups para as funções mais importantes da farmácia, permite que em caso de stress ou quando surgem problemas, as atividades fundamentais estão asseguradas.
Envolver
Eu posso dizer e ensinar mas envolver faz a diferença. Um líder que envolva consegue comunicar a todos da equipa a importância que cada um tem para um TODO maior.
Envolver significa partilhar, dar a conhecer o real estado da farmácia a todos os elementos, sem receio dar a conhecer os números do negócio, as margens, onde estamos a apostar em termos de compras e se estamos a melhorar em número de atendimentos ou valor médio de venda. Para além de divulgar, pedir a opinião a todos de onde sentem que se pode fazer melhor, em que áreas a farmácia pode ser mais funcional e ter mais sucesso, que ações podem ser realizadas para chamar mais clientes, de que forma melhorar para aumentar o prestígio e o nível de atendimento da farmácia.
Envolver significa dar feedback e pedir feedback, ter a humildade e a capacidade de escutar os outros, mesmo que não se concorde com algumas coisas. Dar feedback é como oferecer uma prenda. Trate-a como tal e agradeça. A maior parte das equipas com quem trabalhamos tem idoneidade e seriedade para realizar este exercício de forma séria.
Se ainda não tem uma equipa assim, calma que ainda a está a construir e em breve conseguirá!
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