A medição é sem dúvida um tema que nunca passa de moda e que tem vindo a assumir uma posição definitiva na motivação, crescimento e manutenção dos colaboradores.
Em qualquer empresa ou contexto profissional ou de performance, se não medirmos não sabemos o que temos de melhorar. Desde os atletas profissionais aos colaboradores de uma PME, todos necessitam de uma definição de objetivos a atingir. Qualquer atleta tem de saber onde apostar em termos de força, como alimentar-se de forma correta, que exercícios fazer para conseguir uma potencia máxima na performance e quais os momentos de pausa necessários para conseguir atingir as metas esperadas.
O mesmo se passa nas empresas e nas farmácias não é exceção. No entanto, depois de dois anos atípicos torna-se difícil definir objetivos, ou porque tiveram um enorme crescimento ou decréscimo, ou porque os testes condicionaram os resultados. Muitas farmácias tiveram equipas em espelho, confinadas, em isolamento, com problemas de saúde e burnouts entre outros. Para além disso, a pandemia criou comportamentos de compra diferentes nos clientes, para além de ter modificado algumas vendas sazonais.
Por todas estas razões e num começo de ano atribulado, ter de definir objetivos torna-se uma tarefa bastante complicada, mas pretendemos à semelhança do que temos feito com algumas farmácias, dar uma ajuda.
Objetivos Qualitativos
O espírito de entre ajuda, a união da equipa, a empatia e a compreensão são competências que sempre foram tidas em conta, mas assumiram uma importância enorme desde o início da pandemia.
Sabemos que definir e medir objetivos que são mais subjetivos é um enorme desafio, mas tem de ser distinguida a forma como cada elemento se comporta em equipa.
Não interessa se são todos muito amigos, porque não têm de o ser, mas têm de saber trabalhar em conjunto e perceber quando podem e devem ajudar os outros.
Ir para além do que está previsto, ajudar em funções que não eram suas, motivar os outros com uma palavra amiga e de apoio. E não estamos a falar de “grupinhos” como vemos por vezes. Duas ou três pessoas que se dão muito bem e fazem uma mini equipa, destacando-se dos restantes em tudo. Isso não é um bom exemplo, nem um bom espírito de equipa.
São TODOS importantes, e hoje por uns amanhã por outros.
Quando é preciso uma ajuda extra serão sempre os mesmos 2 ou 3 que “se chegam à frente”? Então o comportamento deles deverá ser elogiado e destacado de alguma forma.
Por isso, é possível medir o espírito de equipa, a motivação intrínseca, a criação de bom ambiente, a vontade de ajudar entre outros indicadores.
Objetivos Quantitativos
Estes poderão ser mais fáceis de definir, mas igualmente ambiciosos de medir.
Aqui teremos de ver o que será de bom senso colocar em termos de objetivos, tendo os anos de 2018 e 2019 como barómetro, mas podemos pensar em:
- Valores mensais de faturação total e por determinadas subfamílias
- Margem média mensal
- Valor médio de venda
- Número de embalagens por atendimento
- Margem média por atendimento
Só para referir alguns que depois podem e devem ser reforçados por indicadores quantitativos individuais, referentes às funções de cada elemento da equipa:
- Alimentação das redes sociais
- Elaboração de campanhas de vendas
- Verificação das validades e escoamento dos produtos
- NC e devoluções em dia
- Venda dos genéricos de aposta
E outras mais específicas que pretendem elevar os standards das equipas e a performance quer pessoal quer profissional.
Por isso, se não medimos já sabe, não acontece e mesmo com receio será sempre mais proveitoso fazer a medição do que deixar as coisas tomarem o seu rumo sem qualquer GPS.
E bom ano de 2022!
Ajude-nos a melhorar deixando a sua opinião sobre o tema: