Não o leva até outro sítio!
É uma frase que repetimos muitas vezes às equipas de Farmácias com que trabalhamos e em contextos diversos. Não podemos esperar ter resultados diferentes fazendo sempre as mesmas coisas e o que nos funcionava em determinado contexto, pode deixar de ser a forma mais lógica de trabalhar se o contexto muda. A pandemia que atravessamos é um paradigma disso. Fomos todos obrigados a mudar radicalmente o foco da nossa abordagem e o modo como trabalhamos dentro da farmácia e das empresas.
Acresce a todas as alterações que sofremos nos últimos 2 anos, uma diferença na tipologia e exigência por parte dos clientes, uma concorrência ainda mais agressiva, um contexto socio económico desafiante e mudanças na forma de comprar.
Por essa razão quando trabalhamos estratégia com as equipas pensamos: O que fazer de diferente? Onde apostar? Onde melhorar? Onde estão as nossas propostas únicas de venda que se destacam por únicas e que ajudam a fidelizar?
O que funciona
Antes de começar a transformar toda a estratégia da farmácia tem de pensar no que está neste momento a funcionar.
Nem todas as ações são passíveis de ser excluídas, mas tem de medir o que está a funcionar. Se tem uma quantidade de serviços que não estão a funcionar, será que o problema está nos serviços? Vemos muitas farmácias que têm a Nutricionista, a Podologia e outros serviços completamente subaproveitados. Não basta ter um dístico a anunciar que os tem, tem de encaminhar os seus clientes para esse mesmo serviço.
Se os clientes não estão a vir à farmácia, criar estratégias de entrega a domicílio, venda online, serviços pay & collect entre outros poderão ajudar a chamar clientes, mantendo as condições de segurança e poupando tempo aos clientes….e à equipa.
Avaliar as vendas por subfamília é também uma mais-valia. Se conseguir determinar o histórico de vendas ao longo dos anos das diferentes áreas da farmácia, fica a perceber quais as subfamílias que funcionam melhor e as que têm mais dificuldade em ser escoadas. Depois é apostar no que funciona e vende!
Se não sabe o que funciona, pergunte aos seus clientes! Muitos questionários de satisfação servem para medir a qualidade do nosso atendimento, o modo como é feito, a rapidez e a eficiência/eficácia do mesmo. Se souber o que corre bem, procure manter essa qualidade no atendimento, pois fideliza mais do que muita outra ação que possa realizar.
O que os outros fazem
E quando falamos de outros, sim, falamos de outras farmácias!
Há imensas farmácias que realizam frequentemente ações muito positivas e diferenciadoras, e com essa dinâmica acabam por conquistar os clientes.
Atenção que com isto não estamos a promover o copiar o que os outros fazem, mas sim em modelar o que se faz de bem feito a uma dimensão diferente.
Temos muito esta mania que a galinha do vizinho é sempre melhor do que a nossa, e em vez de vermos como o vizinho cuida da galinha, preferimos criticar o modo como o faz.
Por isso, preste mais atenção às farmácias que estão na sua zona a trabalhar bem, a criar diferença para os seus utentes. Procure apostar em serviços e / ou produtos que ainda não existem na sua zona, em vez de ser mais um igual a tantos e dessa forma conseguir diferenciar-se dos demais.
Não deixe de planear nem de medir
A grande diferença que existe hoje na definição de objetivos é que temos de os rever com maior frequência. No contexto farmácia, nem sempre se fixavam objetivos de vendas anuais. No contexto que atravessamos, é basicamente imprescindível fazê-lo.
Algumas farmácias hoje em dia estão a medir os seus resultados mensalmente ou até quinzenalmente, e essa será uma das principais diferenças. Para além da definição de objetivos ser mais complicada, é imperativo medir se está a resultar.
As ferramentas de gestão que existem hoje em dia nas farmácias, ajudam em muito a medição das metas e objetivos definidos. Sem medição não há maneira de confirmar se as coisas estão a dar resultado.
Mas ainda que possa parecer difícil e “futurologia” não deixe de planear, de marcar metas, de agendar ações e de rever modos de atuação.
Quanto à medição, esta não pode ser vista como um controle do erro, mas de o identificar e de o corrigir para que se possa atuar em tempo real e não quando já não existe nenhuma hipótese de reparação.
Flexibilidade e medição é sempre a melhor opção em qualquer contexto!
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