O problema é que por vezes o tempo até está de feição e os clientes não entram pela porta! Nem em alguns locais onde se realizam mercados ou feiras regionais, tradicionalmente sempre ao mesmo dia da semana, conseguimos ter a mesma afluência à farmácia.
O “vento” que os leva não será certamente o que tem assolado Portugal nos últimos dias… Mas então, porque estão a sair da farmácia?
Acompanhamos este tipo de empresas há 6 anos e felizmente vemos muitos casos em contra-ciclo. Farmácias onde a afluência de utentes e o número de atendimentos têm aumentado de forma consistente.
Podemos enumerar muitos factores que justifiquem a perda de utentes – a Troika, a crise, a falta de poder de compra, a concorrência, enfim, um sem número de factores. Mas quem nos conhece sabe que a nossa abordagem com as equipas é muito pragmática e directa e pensamos sempre de uma outra forma… ou seja, no que podemos fazer para chamar mais utentes, o que está nas nossas mãos em termos de abordagem para cativar os clientes.
Espaço de Saúde
Desde há muito tempo que promovemos esta nova visão. Que as farmácias sejam espaços de saúde e não de doença. Que sejam em simultâneo um local onde cada utente encontra o que necessita para os seus tratamentos, para alguma patologia que tenha, seja aguda ou crónica, e ainda o que precisa para prevenir problemas e melhorar o seu estado de saúde.
As farmácias devem ser a primeira escolha para aconselhamento em cosmética específica, para a prevenção de doenças e melhoria do sistema imunitário de toda a família, ou para novos produtos que estão a ocupar posições de destaque muito interessante, como os nutracêuticos. Deve ser ainda um local onde os produtos de higiene para toda a família são adquiridos, pois distinguem-se dos outros e contribuem para melhorar a qualidade de vida das famílias.
Mas, para tal acontecer, tem de ser realizado um trabalho de mentalização da equipa em primeiro lugar. Se estes perceberem que um bom balcão também se constrói quando os utentes estão bem de saúde, mais facilmente promovem outros produtos para além de medicamentos.
O conhecimento que têm das várias famílias de produtos é fundamental para passar a confiança e a mais-valia de os adquirir numa farmácia e não noutros locais. Não basta anunciar ou ter lineares fantásticos, é preciso conhecer os produtos, saber do que se está a falar e promovê-los de forma activa.
Como os chamar?
Tudo seria fantástico se todos os clientes de um momento para o outro percebessem a mais-valia de poderem ser aconselhados de forma fantástica numa farmácia. Mas isso também se trabalha e existem maneiras diferenciadoras de os chamar.
As acções de rastreios, mini faciais, promotoras, entre outras acções, costumam ser bem recebidas pelos clientes, mas o seu sucesso depende do envolvimento de todos na equipa. Se não replicarem ao balcão o que está a ser desenvolvido no espaço da farmácia, a acção não surte o mesmo efeito e não chama tanto a atenção.
Outra forma de dinamização é a utilização de vários cartões de fidelização, quer das marcas, quer das Farmácias, mas têm de ser potenciados. Se não perguntar ao seu utente se tem cartão, nunca vai manter as vendas desses produtos, pois tendem a cair no esquecimento.
Outra ferramenta importante é a Base de Dados de clientes. Permite manter o contacto com os nossos clientes e divulgar o que temos na farmácia, que acções vamos fazer, entre outras potencialidades. Actuar proactivamente pode ser parte do sucesso.
Aproveite as plataformas e as redes sociais… Sendo na sua maioria gratuitas, não há que ter receio do investimento. Alimente o seu Facebook com artigos e informações que gerem valor ao seu cliente, que o ajudem a melhorar a sua saúde. E mantenha a consistência na informação que partilha e na cadência com que o faz.
Os seus clientes não foram levados pelo vento, só precisam de ser cativados e de encontrar razões pelas quais uma ida à farmácia não tem de ser sinónimo de algo que está menos bem, mas sim de algo importante para nos mantermos mais saudáveis.
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