Para grandes dores, a melhor solução… fazer acontecer!
Sejam dores de crescimento ou da falta dele, muitos são os desafios comuns à maior parte das Farmácias, independentemente da sua dimensão, localização ou modelo de gestão. Por isso, hoje resolvemos falar dos mais transversais e partilhar algumas estratégias de sucesso para os endereçar.
Da falta de motivação à melhor experiência de colaborador
Começamos pela Equipa. Manter uma equipa realizada e motivada, com os sobressaltos dos últimos tempos, não é nada simples…
A verdade é que colaboradores felizes criam um clima de trabalho salutar, mantêm-se a bordo, contribuem para uma experiência de cliente fantástica e aportam resultados diferenciadores à Farmácia, e isso é inquestionável.
E se nas empresas existisse um barómetro para a experiência de colaborador?
Longe vão os tempos em que achávamos que tornar a nossa Farmácia no melhor local para trabalhar era uma mariquice, hoje sabemos que é uma preocupação central de cada Diretor Técnico ou Gestor.
Não existe nem uma fórmula de felicidade nem o tal barómetro para a medir, porque cada equipa tem drivers de motivação e dinâmicas distintas. Mas importa que o propósito esteja claro, que cada um tenha oportunidades de crescimento mapeadas num plano de desenvolvimento individual e que haja reconhecimento com significado, para haver sentido de pertença e maximização do compromisso.
Do cliente que contesta o preço ao valor percebido do produto / serviço
E quando olhamos para fora? Será que são os clientes que nos esgotam a energia?
Uma coisa é certa, sem clientes estaremos de acordo que não precisamos dos processos, da organização nem de um back-office irrepreensível… Na verdade, é também enorme a nossa missão de fazer felizes os clientes externos!
O endereçar as necessidades do cliente, o criar as melhores soluções no atendimento, o resolver problemas e até exceder expetativas, mimar os clientes e fidelizá-los são hoje, seguramente, preocupações de qualquer Farmácia.
E quando o cliente levanta a objeção preço, como endereçamos? A que estádio emocional é que esta questão nos leva? Muitas vezes esta questão angustia-nos porque andamos tão preocupados em vender, que nos esquecemos de ajudar a comprar…
Sobretudo, é importante perceber se se trata de uma questão de perceção de valor? Enquanto o cliente não reconhecer o valor adequado do produto /serviço estará concentrado no preço e, aí sim, corremos o risco que seja caro…
Às vezes basta apenas investir em explicar ao cliente em que medida é que cobrimos as suas necessidades e obviamos mais rapidamente os seus problemas, para que se sinta melhor mais depressa.
Outras vezes, importa referir como é que a nossa solução aumenta o seu bem-estar ou é mais completa que outras que lhe possam ter apresentado…
O foco no cliente implica sair do guião habitual de venda e colocarmo-nos no lugar de quem está à nossa frente!
Do trabalho infindável aos resultados
Quando olhamos para o dia a dia, apesar de todo o trabalho, porque será que os resultados nem sempre chegam? Conseguimos medir a eficiência operacional com os indicadores que temos definidos?
Em muitas Farmácias, a maior parte das tarefas, pelo menos as críticas, estão assentes em (muito) poucas pessoas, como um esforço operacional desmedido destas.
Muitas vezes é importante desafiar e responsabilizar mais, ajudar outros elementos da equipa a crescer, para que também estes não sejam dispensáveis. E isso implica aumentar os níveis de confiança e fazer nascer lideranças intermédias nos Farmacêuticos substitutos, para que se implementem adequadamente os procedimentos instituídos, se otimizem os processos de negócio e se possa distribuir eficazmente o trabalho por toda a equipa.
Enquanto não conseguirmos largar o modo “apaga fogos” sistemático, não teremos a capacidade de sair dos problemas atuais para pensar as soluções futuras.
A estratégia da empresa não é uma filosofia fora de moda… é determinante arregaçar as mangas e agir sobre o presente, mas não é menos determinante estarmos de olhos postos no futuro de curto prazo da Farmácia e prepará-lo.
Do apertar o cinto à sustentabilidade?
Por último, falemos do impacto dos constrangimentos sucessivos… e sim, vão continuar!
Há quanto tempo estamos em modo de contenção e não implementamos dinâmicas novas na Farmácia nem lançamos outros Serviços?
Chegar ou manter a sustentabilidade no tempo sem investimento será difícil…
Não nos podemos distrair de que a boa sorte se faz de percorrer caminhos diferentes, de antecipar outras necessidades no mercado e de chegar lá primeiro que a concorrência.
Não há sustentabilidade sem Inovação.
E isso implica sabedoria na gestão da Equipa, pelo que o melhor remédio é desenvolver novos talentos e fazer crescer as competências de futuro nos nossos Farmacêuticos e Técnicos.
Parece que o melhor remédio é mesmo fazer acontecer!
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