Mesmo que não pratique corrida, sabe decerto a diferença entre um sprint e uma maratona. Essa diferença vê-se em tudo, desde o tipo de treinos realizados, à alimentação, estilo de corpo dos atletas entre outros fatores.
Já parou para ver o que nas farmácias pode ser um sprint ou uma maratona? Há coisas que de facto acabam depressa outras têm de ser trabalhadas de forma constante para se obterem bons resultados.
A questão é que se soubermos que tipo de “prova” iremos fazer assim condicionamos os treinos e a preparação das mesmas, a monitorização do processo e prevemos um futuro possível e a forma de o celebrar.
Sprints
Para os sprints há que desenvolver velocidade, poder, massa muscular e força. São provas muito rápidas e como tal a preparação é orientada a gastar muita energia num curto intervalo de tempo.
Muitas ações na farmácia são sprints, rápidas, de resultados imediatos, mas que exigem uma preparação a montante.
As encomendas diárias, que implicam rapidez, mas atenção constante, verificar quais as condições e em que armazenistas, e atenção redobrada para a compra de produtos sem necessidade ou que estamos a tentar eliminar na farmácia.
As ações promocionais ou rastreios de um dia apenas, que sabemos serem eficazes, mas precisam de preparação, de envolvimento de toda a equipa no convite aos clientes, de garantir que tudo está pronto para monitorizar as mesmas.
O próprio atendimento, que muitas vezes tem de ser feito rapidamente, sem perder a qualidade do serviço de excelência e com foco nos produtos rentáveis a vender, em fazer uma boa venda cruzada e acima de tudo em escutar os clientes e ir ao encontro das suas necessidades.
E depois muitas ações que exigem a flexibilidade dos elementos da equipa tais como trocas de horários ao último momento, urgências de clientes, urgências de fornecedores, etc.
Maratonas
As maratonas exigem outra preparação e acima de tudo consistência. Quem corre maratonas sabe que a preparação é a chave do sucesso.
Plano de marketing, é sem dúvida uma maratona. Não só a parte estratégica do plano como a operacional. O plano tem de ser realizado no final do ano preparando o ano seguinte, o que fazer, como e com quem, que budget alocar e como vamos abordar o mercado. Depois é necessário escalar o mesmo para mini projetos trimestrais, mensais e envolver a equipa.
Gestão de categorias. Quem trabalha a otimização dos lineares e as categorias sabe que este é um projeto que nunca termina. Não serve apenas retirar as listagens dos produtos, ver as rentabilidades por subfamília e por categoria, mas é importante definir quais as marcas de aposta e quais as que devem ser removidas. Para além de rever as categorias existentes, temos de pensar que categorias queremos passar a ter e como as vamos expor no espaço da farmácia.
Depois de tudo trabalhado, é fundamental medir frequentemente para avaliar se as escolhas foram bem feitas.
Formação à equipa em temas diversos. Para além das formações existentes e disponibilizadas pelos laboratórios, importa reforçar competências na área da comunicação, atendimento de excelência, geração de empatia e escuta ativa, para além de apostar na vertente de cross selling e up selling.
Avaliação do desempenho, medida ao longo do ano através de um conjunto de indicadores de desempenho, definidos para ajudar a focar a equipa para a rentabilidade na farmácia e para o sucesso da mesma como um todo. Em paralelo, a aposta nos indicadores individuais ajuda cada elemento a perceber o que está a fazer bem feito e como pode melhorar
Motivação da equipa, a maior maratona de todas! É importante ao longo do ano, marcar momentos de motivação para a equipa, celebrar os bons resultados, partilhar momentos de descontração e de informalidade. Na rotina do dia a dia, estes momentos poderão fazer toda a diferença. É importante ainda estar atento à equipa e ao estado de espírito de cada um.
Por isso já sabe, a corrida é sempre um exercício importante, e seja sprint ou maratona uma coisa é certa, terá sempre de se preparar.
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